TEXTO I
As discussões sobre o bullying ganharam mais espaço no Brasil e motivaram a regulamentação de novas leis para coibir esse tipo de ação, principalmente no ambiente escolar, onde há maior índice de ocorrência. O advogado Cristiano Rodrigues, professor de Direito Penal da LFG, analisou essa conduta e comentou sobre as penalidades que podem ser aplicadas para os autores desse crime. Segundo a Agência Senado, o Diagnóstico Participativo das Violências nas Escolas, feito em 2016 pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais em parceria com o Ministério da Educação, revelou que 69,7% dos jovens afirmam ter visto algum tipo de agressão dentro da escola seja verbal, física, discriminação, furto, roubo, ameaças ou bullying. É nesse sentido que foi editada a lei 13.663/2018, que tem como objetivo reduzir essa estatística. O dispositivo exige que as escolas promovam medidas de conscientização e combate de todos os tipos de violência, inclusive a prática do bullying.
Fonte: https://blog.lfg.com.br/legislacao/bullying-e-crime/. Acesso em 17 abr. 2023.
TEXTO II
A primeira situação de que eu me lembro aconteceu quando eu tinha seis anos, eu tinha acabado de entrar numa escola particular e meus pais não eram tão bem de vida como os pais dos meus colegas. Meus materiais não eram dos bichinhos que todos achavam legal, então começaram a me chamar de pobre. Algumas crianças chegavam a oferecer pedaços dos lanches delas pra mim, e riam muito. Por todo o tempo que eu fiquei nessa escola sofri bullying, foram 5 anos. Depois que começaram a rir de mim, eu passei a ficar depressiva, comia muito e engordei bastante. Então de pobre, eu passei pra balofa. Eles me batiam, me empurravam do balanço é uma vez fui até mesmo chutada na costela, que piorou minha escoliose. Eu tinha poucos amigos e sempre senti que não era boa o suficiente, me sinto assim até hoje. [...] Eu não aguentava mais, então mudei de escola. Fiz muitos amigos, mas por eu já ser retraída devido a tudo o que passei na outra escola, eu era uma isca fácil para aqueles que se divertem com a dor dos outros. Meu peso ainda era um problema, então o apelido "balofa" continuou. Na sexta série eu desenvolvi bulimia nervosa. Eu comia muito na escola e corria para o banheiro. A bulimia não era mais suficiente, então eu comecei a cortar algumas partes do meu corpo que eram tapadas pela roupa. Minhas amigas um dia me ouviram no banheiro e me encaminharam pra psicóloga do colégio. Fiz acompanhamento até me formar. No ensino médio eu já estava mais confiante de mim, mudei de escola, mas ainda me deixava abalar com vários comentários, o que ainda acontece na faculdade. É um dano que vou levar para o resto da minha vida.
Fonte: https://www.mpsc.mp.br/campanhas/bullying. Acesso em 17 abr. 2023.
TEXTO III
Fonte: http://adolescencia20172.pbworks.com/w/page/121173627/grupo2. Acesso em 17 abr. 2023.
TEXTO IV
Em Brasília, o maior número de casos ocorreu nas escolas particulares: 35,9%, contra 29,5% nas escolas públicas. Na avaliação da subsecretária de Educação Integral, Cidadania e Direitos Humanos do DF, Ivanna Sant'ana, a pesquisa pode ter duas leituras. Uma delas é que os casos são mais comuns na capital. A outra é que os estudantes de Brasília estão mais preparados para reconhecer e identificar o problema. Segundo ela, a secretaria atua na prevenção à violência de forma geral, e o trabalho é feito de forma integrada e intersetorial, envolvendo o batalhão escolar, a Polícia Civil e a Secretaria de Saúde. Os 305 conselhos de segurança instalados nas escolas atuam na mediação de conflitos, com o envolvimento de agressores e agredidos. "O trabalho precisa ser focalizado nas escolas. Mas não acho que se deva institucionalizar a questão simplesmente criando disciplinas na escola. O trabalho precisa ser integrado, inclusive com uma política de educação integral", defende.
Fonte: https://www.camara.leg.br/noticias/142590-brasilia-e-a-capital-brasileira-com-maior-incidencia-de-bullying/. Acesso em 17 abr. 2023.
TEXTO V
Fonte: https://abraceprogramaspreventivos.com.br/. Acesso em 17 abr. 2023
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo da sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “Desafios para combater o bullying nas escolas brasileiras”, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para a defesa de seu ponto de vista.