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"INFLUENCIADORES DIGITAIS E SEU IMPACTO NAS DECISÕES DOS SEGUIDORES" - Redação

"INFLUENCIADORES DIGITAIS E SEU IMPACTO NAS DECISÕES DOS SEGUIDORES"

Instruções para a redação

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O Texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
   4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
   4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
   4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.
Textos Motivadores

Texto 1

Qual é o impacto dos influenciadores digitais na formação dos jovens?

Os influenciadores digitais têm um alcance impressionante nas redes sociais e, nos dias atuais, são parte do dia a dia de muitos jovens. Mas quais são os impactos desses “novos famosos” na formação de quem mais consome seus conteúdos?

Já imaginou a ideia de ficar famoso única e exclusivamente pelo que você compartilha com os seus seguidores na Internet? Essa é a realidade vivida pelas pessoas que ficaram conhecidas como influenciadores digitais, uma expressão relativamente nova nas redes sociais. A maior parte do público é da geração Z e millennials, mas aí vem uma questão: qual será o impacto dos influenciadores digitais na formação dos jovens?

Essa é uma preocupação comum e recorrente. Isso porque, naturalmente, os mais novos tendem a buscar referências e inspirações para a construção de suas personalidades e até mesmo para encontrar um rumo na vida profissional e esses criadores de conteúdo acabam oferecendo um espaço para isso.

Dentro desse contexto, cabe uma análise criteriosa sobre os impactos dos influenciadores digitais na formação dos jovens.

Por que os influenciadores digitais têm tanto efeito nos jovens?

Quem já passou pela juventude consegue entender a importância que muitos jovens dão aos famosos para a construção de suas personalidades. Por natureza, as pessoas mais novas procuram referências de estilo de vida, moda e até comportamento para se inspirar.

A psicologia também deixa claro que os jovens também têm maior necessidade de aceitação pelo grupo social ao qual fazem parte. Por isso, é tão comum que vejamos os mais novos seguindo padrões e massificando as grandes tendências.

Em um cenário em que a maior parte das pessoas passa boa parte do dia a dia conectada a seus smartphones, os influenciadores digitais ganham protagonismo. E esse protagonismo, é claro, vem carregado com uma boa dose de influência, como o próprio nome desses profissionais diz.

Qual é o impacto dos influenciadores digitais na formação dos jovens?

Os influenciadores digitais são personalidades que compartilham, diariamente, suas ideias, opiniões, experiências e dicas nas redes sociais. Com grandes números de seguidores online, em sua maioria jovens, impactam diretamente no modo de pensar de uma parcela considerável da audiência.

Impactos negativos

Superexposição nas redes sociais

O impacto negativo mais evidente do trabalho dos influenciadores digitais é o estímulo à exposição excessiva nas redes sociais. Inspirados, muitos jovens passam a compartilhar detalhes de suas rotinas nas páginas online, o que pode trazer problemas relacionados à segurança e até mesmo à saúde mental, diante de uma expectativa não correspondida de engajamento dos seguidores, por exemplo.

Publicidade enganosa

Outro problema notório do trabalho de muitos desses influencers é a publicidade enganosa. Muitas vezes, esses profissionais são remunerados para fazer propagandas de produtos e serviços de grandes marcas. Isso pode levar os mais novos a adquirirem itens desnecessários ou de qualidade duvidosa.

Padrões irreais de beleza

Quem também se deixa inspirar excessivamente pelos conteúdos de influenciadores digitais pode se enxergar na busca de padrões irreais de beleza. A popularização e o compartilhamento online dos procedimentos estéticos têm acarretado no crescimento dos problemas de autoestima, além de transtornos alimentares entre os jovens.

Desinformação

A propagação da desinformação também pode ser um impacto negativo da produção dos influencers. Não é raro ver perfis com centenas de milhares de seguidores compartilhando informações falsas sobre saúde, política e meio ambiente, por exemplo.

Desejo por um estilo de vida inalcançável

Por fim, um dos principais aspectos negativos que podem ser ocasionados pelos conteúdos dos influenciadores digitais é a exaltação de um estilo de vida que está distante da maioria da sociedade. Roupas e eventos caros talvez sejam a principal faceta dessa realidade exclusiva. Tomados pelo consumismo e pela pressão social, muitos jovens se endividam.

Impactos positivos

Do outro lado da moeda, também são muitos os impactos positivos do trabalho dos influenciadores digitais responsáveis e conscientes.

Acesso rápido à educação

O principal deles é a educação, ferramenta de trabalho de muitas das pessoas que alcançam notoriedade na Internet. E não se trata apenas das matérias escolares: saúde mental, direitos humanos e atividade física, por exemplo, são alguns dos temas abordados por esses profissionais.

Inspiração e motivação

Nessa linha, vários famosos das redes sociais também são fonte de inspiração e motivação para os jovens. Alinhando expectativas à realidade, muitos influenciadores incentivam os mais novos a buscarem seus sonhos e serem pessoas melhores.

Diversidade e representatividade

Outro importante aspecto positivo dos grandes perfis responsáveis é a promoção da diversidade e da representatividade. Grupos marginalizados e sub-representados na mídia tradicional passaram a ganhar notoriedade e reconhecimento a partir das redes, aumentando a conscientização sobre temas de inclusão social.

Criação de comunidade

Por fim, para muitos jovens, as contas dos influenciadores digitais representam verdadeiras comunidades. Essa realidade ocasiona sentimentos positivos de conexão e pertencimento aos mais novos, que se sentem livres para compartilhar e debater sobre projetos, inspirações e experiências para outras pessoas com interesses e valores parecidos.


Texto 2

Notícias falsas podem contaminar influenciadores e mídia programática

Algumas marcas podem estar induzindo creators e sites a erros na disseminação de fake news. Guia da InternetLab, Quid e Lema pretende combater isso

Uma pesquisa perturbadora revelou que influenciadores e mídia programática são utilizados para disseminar notícias falsas por algumas marcas. E talvez eles nem percebam. O centro de pesquisa InternetLab em parceria com a Quid e a Agência Lema, publicou a cartilha: Publi ou Fake – Guia da desinformação e marketing digital. O documento tem como premissa central o fortalecimento de ferramentas para que o mercado publicitário possa construir bases contra a desinformação com base em estudo e dados. O Guia foi construído por uma análise da bibliografia nacional e internacional sobre publicidade, financiamento de mídia e desinformação na internet e baseado em três eixos: mercado publicitário, influenciadores e mídia programática.

A coordenadora da área de informação e política da InternetLab, Ester Borges, informa que a iniciativa da pesquisa surge da inquietação diante da vasta gama de desinformação que o mercado publicitário está exposto na Internet: “O Projeto Desinfo é uma construção colaborativa que busca abrir um diálogo com o mercado de publicidade digital sobre desinformação e integridade do debate público online, entendendo que com a popularização da internet a comunicação mudou e por consequência, também o mercado de publicidade e marketing. Um dos principais objetivos do projeto é  construir parâmetros e ferramentas para que a atuação publicitária no meio digital seja mais responsável e altiva quando o assunto é a manutenção de um debate público íntegro”, afirma Ester.

Segundo o relatório, diversas marcas fazem escolhas que acabam criando narrativas e notícias falsas que ajudam na circulação de conteúdo de baixa qualidade. A coordenadora do projeto ressalta que o marketing de influência e a credibilidade de alguns influenciadores são usados por marcas e agências para disseminar narrativas que muitas vezes são usadas para encobrir o real sentido da mensagem, ou seja, propagar fake news.

Ester vai fundo na análise: “A publicidade tem muito a ver com a nova roupagem da desinformação online, principalmente quando falamos de marketing de influência. O criador de conteúdo tem duas coisas que as agências de marketing não tem, que é a confiança do público e também dados muito específicos sobre esse público. Durante a elaboração do Guia percebemos que marcas patrocinam influenciadores de conteúdo que promovem a desinformação, mas essas marcas não necessariamente estão alinhadas com essas narrativas ou marcas e influenciadores que se alinham em narrativas desinformativas; a questão é como evitar narrativas informativas sem esbarrar na liberdade de expressão”.

A clareza das informações e posicionamento

Segundo o Guia, 84% das marcas pesquisadas apoiam alguma causa; 67% de inclusão ou diversidade, 52% sustentabilidade, 41% educação, 26% saúde e 77% delas dizem que o posicionamento e a vida pessoal de um creator e seu posicionamento políticos influenciam na contratação.

“As marcas pedem que o discurso seja genuíno, não seja um ator interpretando uma fala qualquer, que seja a pessoa comum, talvez seja a razão pela qual ela utiliza esta forma de comunicação buscando a credibilidade”, enfatiza André Zimmermann, sócio da NetCoa, que detalha sua opinião: “Se assim é, as pessoas que de fato apoiam causas e de fato falam sobre causas e militam, e claro que elas vão ter um posicionamento militante e que se envolve em políticas. Se as marcas veem isso como um problema é melhor procurar um ator que vai seguir um script pré-definido”

Juliana Walladuer, co-fundadora da Plataforma de Diálogo, ressalta que é preciso separar discursos. Por mais que o creator possa ter um discurso ideológico é preciso olhar com atenção que tipo de conteúdo ele posta. “Vai ter formas de falar que eu não falaria, vai ter temas que eu não falaria, vai ter posicionamentos que eu como marca não entro nisso, mas eu entendo o que eu vou estar endossando a minha campanha com ela porque o que ela fala é muito importante e eu quero trazer isso para minha marca”, comenta Juliana. “Precisamos ter flexibilidade maior para dar conta em tempos complexos. Precisar separar do que é discordância de ideias do que é inaceitável. Não dá para eu com dinheiro de marca bancar discurso de gente negacionista durante a pandemia, meu ESG não permite”.

Mídia programática e desinformação

Em 2021, segundo o Digital AdSpend 2021, estudo realizado pelo IAB em parceria com a Kantar Ibope Media, foram gastos mais de R$ 30 bilhões em publicidade digital, e 54% desse montante foram direcionados para redes sociais. No ano anterior, 2020, R$ 23,7 bilhões foram investidos em publicidade digital, o levantamento também foi feito pela IAB e Kantar Ibope Media.

O impulsionamento de textos curtos em qualquer site na Internet já é uma realidade em setores do marketing, da política e do jornalismo. O Guia Desinfo ressalta que a mídia programática é um dos principais lugares que agentes utilizam para a disseminação de desinformação.


Sobre a proposta

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o      TEMA: “Influenciadores digitais e seu impacto nas decisões dos seguidores”


Código do tema: Eol 1055

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