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DESIGUALDADES SOCIAIS - Redação

DESIGUALDADES SOCIAIS

Instruções para a redação

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O Texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
   4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
   4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
   4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

Textos Motivadores

Texto 1

No enfrentamento da violência brasileira é necessário ressaltar a promoção da igualdade enquanto valor democrático essencial. Sem uma pedagogia da igualdade o país jamais superará suas carnificinas. I Infelizmente, o famoso ditado “o homem é o lobo do homem” de Plauto (registrado na obra Asinaria, II, 4, 495), retomado por Hobbes (na dedicatória de Do Cidadão e no capítulo XIII de Leviatã) permanece válido para sintetizar grande parte do noticiário brasileiro. De fato, o Brasil é o país onde a população mais teme a violência no mundo conforme o Global Peace Index 2021. Embora a Constituição Federal de 1988 garanta o direito fundamental de ir e vir com segurança para todos, na prática, o país registra mais assassinatos segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Especialmente as regiões periféricas das metrópoles testemunham atrocidades recorrentes como a morte de Kathlen Romeu, 24 anos, grávida de um bebê de quatro meses, baleada no último dia oito no Complexo do Lins na capital fluminense em meio a um tiroteio envolvendo policiais e traficantes.

 Disponível em: https://veja.abril.com.br/blog/matheus-leitao/violencia-periferia-e-infracidadania/. Acesso em: 25 junho 2021.

Texto 2

Na situação de pandemia, pessoas e territórios que já eram atravessados por condições estruturais de desigualdade – que, no Brasil, são marcadas por raça e classe como fatores indissociáveis – são as mais afetadas. O bairro da Brasilândia, na zona norte da cidade de São Paulo, era o bairro mais atingido do país pela Covid-19, com 5.479 casos suspeitos da doença e mais de 156 mortes até 2 de junho.

Em 18 de junho, a letalidade em Sapopemba, bairro da zona Leste da cidade, ultrapassa a da Brasilândia. Ambos são bairros periféricos e que concentram uma população de pessoas autodeclaradas negras muito maior que a média do município (32,1%). De acordo com o Mapa da Desigualdade de 2019, 41,7% dos moradores de Sapopemba se autodeclaram negros; na Brasilândia esse percentual é de 50,6%. A proporção de leitos hospitalares na Brasilândia é de 0,01 para cada 1 mil habitantes – inferior à recomendada pela Organização Mundial da Saúde (2,5 a 3,0).

Assim, se o coronavírus tem na sua fácil transmissibilidade um dos motivos de sua alta letalidade, a qualidade do atendimento médico e o acesso à saúde se torna um dos fatores que ameniza o número de mortes. Embora a Covid-19 tenha chegado ao Brasil de avião, pelos bairros elitizados e corpos brancos, vemos como em regiões mais brancas e com mais infraestrutura o percentual de mortes é menor do que nas periferias negras. Uma análise mais aproximada nos permite observar que a letalidade e a concentração de casos tem sido mais altas em pelo menos dois tipos de territórios.

PATERNIANI, Stella. CARVALHO, Lauro. Periferias e pandemia: desigualdades, resistências e solidariedade. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2020/07/02/periferias-e-pandemia-desigualdades-resistencias-e-solidariedade. Acesso em: 25 junho 2021.

Texto 3

 

Fonte: Atlas da violência/Ipea. Infográfico: Sarah Azoubel

Texto 4

Essa história faz do Brasil o sétimo país mais desigual do mundo, segundo o último relatório divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), ficando atrás apenas de nações do continente africano, como África do Sul, Namíbia, Zâmbia, República Centro-Africana, Lesoto e Moçambique. O levantamento tem como base o coeficiente Gini, que mede desigualdade e distribuição de renda.

O documento, divulgado no fim de 2019, destaca ainda que apenas o Catar tem maior concentração de renda entre o 1% mais rico da população do que o Brasil. A parcela dos 10% mais ricos do Brasil concentra 41,9% da renda total do país, e a parcela do 1% mais rico concentra 28,3% da renda, diz o texto. No Catar, a parcela do 1% mais rico concentra 29% da reda do país.

ECOA, Bárbara. Por que o Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo. Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2020/02/20/por-que-brasil-e-o-setimo-pais-mais-desigual-do-mundo.htm?cmpid=copiaecola. Acesso em: 25 junho 2021.

Sobre a proposta

A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre “Periferias e desigualdades sociais nas capitais brasileiras”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Código do tema: EOL1023

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