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VACINA: SIM OU NÃO? - Redação

VACINA: SIM OU NÃO?

Instruções para a redação

1. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado.
2. O Texto definitivo deve ser escrito à tinta, na folha própria, em até 30 linhas.
3. A redação que apresentar cópia dos textos da Proposta de Redação ou do Caderno de Questões terá o número de linhas copiadas desconsiderado para efeito de correção.
4. Receberá nota zero, em qualquer das situações expressas a seguir, a redação que:
   4.1. tiver até 7 (sete) linhas escritas, sendo considerada “texto insuficiente”.
   4.2. fugir ao tema ou que não atender ao tipo dissertativo-argumentativo.
   4.3. apresentar parte do texto deliberadamente desconectada do tema proposto.

Textos Motivadores

Texto 1

O Programa Nacional de Imunização (PNI) é referência mundial. O Brasil foi pioneiro na incorporação de diversas vacinas no calendário do Sistema Único do Saúde (SUS) e é um dos poucos países no mundo que ofertam de maneira universal um rol extenso e abrangente de imunobiológicos. Porém, a alta taxa de cobertura, que sempre foi sua principal característica, vem caindo nos últimos anos, conforme demonstra o quadro na página ao lado, colocando em alerta especialistas e profissionais da área.

A coordenadora do PNI, do Ministério da Saúde, Carla Domingues, pondera uma possível dicotomia: o sucesso do programa pode ser uma das causas da queda da cobertura. Isso porque o PNI imunizou amplamente a população que hoje está com 30, 40 e 50 anos de idade, devidamente vacinada na infância, quando doenças como o sarampo ou a poliomielite eram visíveis e a preocupação em vacinar as crianças era maior. “Hoje, como a doença desapareceu, os pais que foram beneficiados pela vacina e que por isso não conviveram com a doença, muitas vezes não percebem a importância da imunização. Por isso, é imprescindível mostrar que, apesar de raros os casos, as doenças ainda existem e que, portanto, é primordial vacinar as crianças”, analisa.

Especialistas concordam que são vários os fatores que justificam a diminuição da cobertura vacinal no país. O mais importante deles, na avaliação do assessor técnico do CONASS, Nereu Henrique Mansano, é o modelo de atenção à saúde prevalente, que prioriza as condições agudas de saúde e que, descolado da Atenção Primária à Saúde (APS), não dá conta do devido acompanhamento dos cidadãos. “Apesar dos inegáveis avanços e melhoria de acesso à APS, não podemos ignorar que ainda há uma falta de integração entre ela e as ações de vigilância, prevenção e promoção. Infelizmente, nem sempre a organização dos serviços privilegia a continuidade do cuidado”.

O cuidado a qual Mansano se refere é àquele que acompanha um cidadão desde antes mesmo dele nascer e a imunização é parte imprescindível deste acompanhamento. Por isso, a importância e a necessidade de que as Unidades Básicas de Saúde sejam organizadas para ações de continuidade do cuidado e de acompanhamento e não somente para atendimento de demanda espontânea. “Buscar ativamente a comunidade por meio dos Agentes Comunitários de Saúde, integrar o cuidado com ações de prevenção e promoção, alimentar corretamente os sistemas de informação são ações que certamente vão tornar a imunização ainda mais eficiente e eficaz no Brasil”, reitera.

Outro aspecto importante que pode influenciar nos dados da vacinação no Brasil é a mudança do sistema de informação do PNI, antes alimentado pelas doses aplicadas, passando para o registro nominal. Carla Domingues afirma que a mudança faz parte das ações que visam contribuir com o programa e que a informatização do processo de vacinação tem como um dos objetivos identificar as áreas que estão efetivamente com baixas coberturas vacinais, considerando que as doenças caminham junto com a população. “O sistema mostrará, por exemplo, se há um bairro específico com baixa cobertura em um município com alta cobertura. Com o registro nominal é possível identificar não apenas a localidade, mas quem são as pessoas, idade, sexo, sendo essas informações fundamentais para o planejamento das ações do programa”. O SIS-PNI atualmente está implantado em 60% das salas de vacina e a meta é de que esteja em 100% delas até o final deste ano.

Disponível em: https://www.conass.org.br/consensus/queda-da-imunizacao-brasil/. Acesso em 09 abril 2021.

Texto 2


Dados: Ministério da Saúde.

Disponível em: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/movimento-antivacina. Acesso em: 08 abril 2021.

Texto 3

O Brasil tem uma missão desafiadora pela frente se quiser vacinar metade da sua população até julho contra a Covid-19, como afirmou o ministro da Saúde Eduardo Pazuello nesta semana. Com uma população de 212,56 milhões de habitantes e pouco mais de 13 milhões doses aplicadas até as 19h desta sexta-feira, o país era o 73º colocado no ranking proporcional de imunização (a cada 100 habitantes).

Em valores absolutos, o país está entre os que mais vacinam no mundo – quinto colocado até ontem à noite, atrás dos Estados Unidos e Reino Unido –, mas a análise dos sites de monitoramento mundial mais respeitados indicam que o Brasil ainda está longe de ter sua população inteiramente protegida da pandemia. Os números são do site Our World in Data, organizado por pesquisadores da Universidade de Oxford, do Reino Unido.

Segundo os cálculos dos cientistas da instituição britânica, apenas 6,12% do maior país da América do Sul recebeu ao menos uma injeção de imunizante. E a velocidade média, em um intervalo de sete dias, era, nesta sexta-feira, de 0,15 dose aplicada para cada grupo de 100 pessoas.

Para se ter uma ideia, o pequeno território de Gibraltar, com pouco mais de 33 mil habitantes, líder no ranking proporcional, tem 148,35 doses aplicadas para cada grupo 100 pessoas. Isso porque, a depender do imunizante, são necessárias mais de uma dose, caso por exemplo das administradas no Brasil. A velocidade média de vacinação em sete dias por lá, nesta sexta, era de 2,16 injeções por dia.

Ao se levar em consideração apenas a segunda dose, que no caso do Brasil é mandatório em função das características das vacinas disponíveis, o panorama é ainda pior. De acordo com outro site de monitoramento mundial, o da Bloomberg, apenas 1,9% da população foi completamente imunizada até as 19h desta sexta. Israel, por exemplo, tem quase metade (49,7%) de seus habitantes totalmente protegidos contra a pandemia de coronavírus.

Disponível em: https://www.correiodopovo.com.br/not%C3%ADcias/geral/brasil-%C3%A9-o-73%C2%BA-pa%C3%ADs-em-ranking-de-vacina%C3%A7%C3%A3o-contra-a-covid-19-1.589822. Acesso em: 08 abril 2021.

Texto 4


Charge de 1904 mostra a revolta com a política do sanitarista Oswaldo Cruz, que ocupava cargo equivalente ao de ministro e liderou movimento pela imunização obrigatória.

Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2020/10/25/interna_nacional,1197800/segunda-revolta-da-vacina-as-licoes-historicas-da-crise-de-1904.shtml. Acesso em: 09 abril 2021.

 

Sobre a proposta

A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija um texto dissertativo argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema “O retorno de doenças erradicadas e os impasses para a imunização da população no cenário pandêmico” apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.

Código do tema: EOL1003

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