Você já imaginou ser agredido apenas por existir? E por abraçar, beijar ou andar de mãos dadas com alguém que você ama? A população LGBT já. Na verdade, não apenas imagina, como sente na pele todos os dias a violência física e verbal e a discriminação.
Some a isso o despreparo policial e a falta de uma lei que trate desses tipos de agressão, e você terá um mar de casos não resolvidos, subnotificados e uma sociedade que, em boa parte, acredita que homofobia, lesbofobia, bifobia e transfobia não existem e, consequentemente, não precisam ser combatidas.
Os dados vêm de diferentes frentes, e a fragmentação das informações é um dos principais problemas enfrentados por uma sociedade que precisa urgentemente de políticas públicas que eduquem os cidadãos sobre a diversidade.
A violência não está apenas nas ruas e não vem exclusivamente de desconhecidos. Ela está presente em todos os âmbitos da sociedade e pode surgir de quem menos se espera. Pais, mães e irmãos são citados em grande parte dos relatos como os primeiros agressores.
Disponível em: http://www.huffpostbrasil.com/2016/03/23/como-a-lgbtfobia-se-esconde-no-brasil_a_21689167/ - Acesso em: 23/08/2017.
Neste 17 de maio, Dia Internacional contra a Homofobia, a população LGBT não tem muito o que comemorar. O preconceito, a falta de representatividade e a escassez de políticas públicas levam a dados alarmantes de violência: em 2017, até o início deste mês, 117 pessoas foram assassinadas no Brasil devido à homofobia. É um assassinato a cada 25 horas. A informação é do Grupo Gay da Bahia (GGB).
Em 2016, segundo a Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais, 340 LGBTs foram mortos no Brasil. A GGB, por sua vez, contabilizou 343. É quase uma vítima por dia, sendo até então, o maior número já registrado na história. Em 2015, foram registradas 318 mortes, segundo informações do grupo.
Disponível em: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/brasil/2017/05/17/internas_polbraeco,595532/a-cada-25-horas-uma-pessoa-lgbt-e-assassinada-no-brasil.shtml - Acesso em: 23/08/2017.
Um casal gay de Araraquara (SP) alega ter sido agredido com chutes, socos e golpes com uma pá por dois homens, na madrugada de domingo (12), após terem se abraçado em uma praça no bairro Melhado. Douglas Braga, de 22 anos, e Pablo Marton, de 23 anos, ficaram com vários hematomas no corpo e registraram boletim de ocorrência no 4º Distrito Policial na terça-feira (14). Eles acreditam que a violência foi motivada por homofobia.
Os jovens estavam em uma festa, próximo à casa de Marton, no mesmo bairro onde ocorreu a agressão. Quando foram embora, por volta das 3h, se abraçaram e foram abordados pelos agressores. O casal retornou ao local da festa em busca de ajuda. “Quando chegamos lá o Douglas desmaiou. Deu um tumulto na frente da festa e nossos amigos foram falar com os caras que nos agrediram. Eles disseram que estavam separando uma briga nossa, mas é mentira, eles viram a gente se abraçar e começaram a bater”.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e Braga foi levado para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Central, onde tomou pontos na cabeça e ficou em observação até às 12h.
Disponível em: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2017/03/casal-gay-e-espancado-com-pa-apos-abraco-e-alega-homofobia-bichinhas.html - Acesso em: 23/08/2017.
Antes de falarmos sobre o histórico do movimento LGBT, é preciso entender o que é LGBT. É uma sigla que designa lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais. Em alguns locais no Brasil, o T, que representa a presença de travestis e transexuais no movimento, também diz respeito a transgêneros, ou seja, pessoas cuja identidade de gênero não se alinha de modo contínuo ao sexo que foi designado no nascimento.
Não podemos pensar a trajetória do movimento LGBT sem pensar em coisas que aconteceram no passado e influenciaram sua constituição, nem deixar de fazer referência a fatos que ocorreram fora do Brasil.
Afirmar LGBT como sujeitos de direitos implica um crescimento da importância das relações movimento e Estado, bem como com o movimento LGBT e os movimentos por direitos humanos em nível internacional. Isso ocorre não apenas pelo apoio financeiro que o Estado ou as organizações internacionais passam a oferecer às organizações ativistas, mas especialmente pela abertura de canais de interlocução política com os governos e com atores internacionais.
Disponível em: http://pre.univesp.br/historico-da-luta-lgbt-no-brasil#.WZ2CKSiGOUk - Acesso em: 23/08/2017.
A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre “Intolerância à população LGBTQIAP+ brasileira”, apresentando proposta de intervenção, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.